domingo, 12 de março de 2017

Brasil é o País com mais igualdade entre os gêneros na ciência, diz estudo


As áreas de Exatas e Ciências ainda são majoritariamente masculinas. Mas, uma nova pesquisa mostra que estes números estão mudando – principalmente no Brasil.
Um estudo chamado Gender in the Global Research Landscape, publicado no Dia Internacional da Mulher (8), mostra que o Brasil é disparado o país que possui maior igualdade de gênero entre pesquisadores homens e mulheres.
O estudo, que contou com potências como Reino Unido, Estados Unidos, países da União Europeia, Portugal, Chile, México e Brasil, contabilizou o número de artigos e citações de artigos científicos escritos por mulheres para revelar a disparidade de gênero na Ciência e seu progresso.
Para a surpresa de muitos, o Brasil foi o País que tem a maior porcentagem de artigos científicos publicados por mulheres. O número de brasileiras que publicaram artigos científicos (considerados a principal forma de avaliação na carreira acadêmica) cresceu 11% nos últimos 20 anos.
Hoje, as mulheres brasileiras publicam quase metade de todos os artigos científicos do Brasil – algo ainda raro no meio acadêmico de outros países do mundo.
Nos Estados Unidos, por exemplo, as mulheres publicam cerca de 40% dos artigos científicos, enquanto os homens representam 60% do total. No Reino Unido e na França, a mesma proporção. No Canadá, as mulheres são autoras de 42% dos artigos publicados, e na Austrália, a proporção sobe para 44%. No Japão, a participação feminina no total dos artigos publicados entre 2011 e 2015 é de apenas 20%.
Na América Latina, as mulheres no Chile e no México representam 38% dos autores de artigos científicos. Esta é a mesma porcentagem que o Brasil registrava entre 1996 e 2000.
Já por aqui, as brasileiras publicaram, entre 2011 e 2015, 49% do total de artigos científicos. Assim, o país lidera o ranking de equidade de gênero junto com Portugal, que registrou as mesmas proporções.
Apesar dos dois países encabeçarem a lista, o Brasil ganha com o número de artigos científicos publicados ao longo dos anos: foram 153.967 publicações de pesquisadoras mulheres de um total de 312.840, enquanto, em Portugal, as pesquisadoras publicaram 27.561 artigos de um total de 56.496.
Apesar da pesquisa evidenciar o gap de gênero no campo científico, o estudo comemorou os avanços da representação feminina. Em todos os países e regiões, o gap de gênero diminuiu substancialmente entre 1996 e 2015. Na Dinamarca, as mulheres publicaram apenas 29% dos artigos científicos entre 1996 e 2000. Já entre 2011 e 2015, a porcentagem saltou para 41%. Na frança, a porcentagem foi de 34% para 40%, no Canadá, o número foi de 32% para 42%, e nos EUA, as publicações de mulheres foram de 31% para 40%.

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