terça-feira, 14 de março de 2017

ALERTA! Uso de biotina pode levar à interpretação errada de exames laboratoriais



A biotina, também conhecida como vitamina B7, vitamina H ou coenzima R, é uma vitamina hidrossolúvel utilizada como suplemento vitamínico ou no tratamento para pele, unhas e cabelo.

Em 2016, o periódico New England Journal of Medicine publicou uma carta relatando que o tratamento com a biotina em seis crianças levou a resultados laboratoriais que mimetizavam os de hipertireoidismo por doença de Graves: elevadas concentrações de T4 livre e T3 total, baixos níveis de TSH e altos níveis de anticorpo antirreceptor de TSH (TRAb). O quadro clínico e ultrassonografia não eram compatíveis com doença de Graves e a descontinuação do tratamento com biotina levou à normalização dos exames.
O uso da biotina pode levar a uma interpretação errada de dosagens laboratoriais, incluindo exames de hormônios tireoidianos. Isto porque os exames de imunoensaios, que analisam e quantificam muitos hormônios, contêm a biotina, utilizada para melhorar a sensibilidade dos ensaios. A interferência da biotina pode levar a resultados falso-positivos, mas também a falso-negativos.
Há grande risco de se analisar os exames laboratoriais de um paciente usando biotina, especialmente em grandes doses, de forma equivocada. Assim, um diagnóstico errado pode ser realizado ou até um tratamento inadequado pode ser iniciado.
Eis aqui mais um exemplo da importância de se realizar uma anamnese cuidadosa em que se anotem os nomes de todos os medicamentos e suplementos usados pelo paciente.
Fonte: Pebmed

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