Desenvolver um probiótico voltado ao controle de insulina para portadores de diabetes é o foco de uma pesquisa desenvolvida por estudantes de engenharia de bioprocessos e biotecnologia da Faculdade Ciências Farmacêuticas da Universidade Estadual Paulista (Unesp) Araraquara (SP).
O produto ainda não foi testado em humanos e não há prazo para que chegue ao mercado. Os pesquisadores ainda buscam verba para participar de uma competição que poderá fornecer materiais para desenvolvimento do projeto.
Segundo o estudante Paulo José Corrêa Freire, o método pesquisado pela equipe é inovador. O projeto, denominado Insubiota, consiste em desenvolver um probiótico com microrganismos geneticamente modificados capazes de se instalarem na flora intestinal do portador de diabetes e produzir insulina de acordo com a necessidade do paciente e o nível de glicose no sangue, eliminando assim a necessidade de realizar as injeções subcutâneas de insulina, tratamento convencional para a diabetes.
Pré-teste
Na última sexta-feira (20), o grupo de 11 alunos realizou um pré-teste para um equipamento da universidade que simula o intestino humano. O objetivo era entender como se daria a fixação das bactérias em humanos. De acordo com Freire, esse é o único aparelho da América Latina que consegue fazer isso.
Na última sexta-feira (20), o grupo de 11 alunos realizou um pré-teste para um equipamento da universidade que simula o intestino humano. O objetivo era entender como se daria a fixação das bactérias em humanos. De acordo com Freire, esse é o único aparelho da América Latina que consegue fazer isso.
“A nossa ideia é criar um probiótico com bactérias produtoras de insulina. Ingeridas, elas iriam crescer na flora intestinal e produzir o hormônio, que será absorvido pelo portador de diabetes. É tudo um controle biológico molecular, controle de crescimento e de produção”, explicou o estudante.
Competição
Para dar continuidade à pesquisa, os estudantes criaram uma vaquinha virtual para participar do iGEM, competição internacional de organismos geneticamente modificados, realizada pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT).
O objetivo é arrecadar R$ 18 mil nos próximos 40 dias. Após a inscrição, que se encerra no fim de março, o grupo desenvolve o projeto e o apresenta no evento final, que vai ocorrer em Boston, nos Estados Unidos, de 9 a 13 de novembro de 2017.
Para dar continuidade à pesquisa, os estudantes criaram uma vaquinha virtual para participar do iGEM, competição internacional de organismos geneticamente modificados, realizada pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT).
O objetivo é arrecadar R$ 18 mil nos próximos 40 dias. Após a inscrição, que se encerra no fim de março, o grupo desenvolve o projeto e o apresenta no evento final, que vai ocorrer em Boston, nos Estados Unidos, de 9 a 13 de novembro de 2017.
O intuito da competição é incentivar estudantes e universidades de todo o mundo a desenvolver novos componentes biológicos inovadores produzidos através de microrganismos geneticamente modificados para este fim.
“Precisamos do dinheiro para fazer a inscrição. Assim que confirmarmos a participação, o próprio MIT envia uma quantidade bem grande de materiais para desenvolvimento do projeto, material genético que precisamos para transformar os nossos microrganismos em produtores de insulina. Para continuar a pesquisa, precisamos do auxílio desses materiais”, explicou o estudante.
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