terça-feira, 28 de março de 2017

Foi aprovada oficialmente a vacina que pode curar o diabetes de forma definitiva



Foi no mês de fevereiro deste ano que a FDA anunciou que foi aprovado um teste de fase intermediário para a #vacina chamada ‘Bacilo Calmette-Guerin’ (BCG), que tem como objetivo, agir contra o diabetes ou até mesmo curar a doença de forma definitiva. Os testes serão realizados em 150 adultos que estão em estágio avançado da doença, inicialmente para saber como a medicação age no corpo dos doentes a longo prazo.
A notícia que já está sendo comemorada pelo mundo todo, foi divulgada pela Dra. Denise Faustman, na 75ª Sessão Científica da Associação Americana de #Diabetes. A médica atualmente é diretora e investigadora principal do Laboratório de Imunologia do hospital Geral de Massachusetts, que fica em Boston, nos Estados Unidos.

Como a vacina age

Segundo o que Denise disse em uma entrevista à ‘Reuters Health’, os efeitos da vacina são os de aumentar temporariamente os níveis de necrose tumoral – TNF, do organismo do paciente. Essa substância, tem como objetivo eliminar as ‘células T’ – causadora da diabetes, do sangue desses doentes. Essas células são muito prejudiciais para os diabéticos, em especial para os que são do tipo 1.
Um teste que foi feito de forma preliminar por um grupo de estudos de Faustman, descobriu que a vacina BCG, se administrada em pacientes com intervalos de quatro semanas entre cada dosagem, pode eliminar aos poucos as ‘células T’ do organismo dos diabéticos. Além disso, os pacientes testados, mostraram algumas evidencias de retorno temporário da secreção de insulina em seu organismo, outro fator positivo que pode indicar, quem sabe, uma possível cura.

Os testes e os resultados

Agora, como teste oficial, a médica decidiu inscrever pacientes com idades entre 18 e 60 anos para um estudo que vai começar a ser realizado e que deve durar cinco anos para ser concluído. Tais pacientes, são diabéticos em estágios baixos, mas que possuem uma certa detecção de secreção de insulina pelo pâncreas.
Durante os testes, os pacientes vão receber duas injeções de BCG ou placebo, por vez, com quatro semanas de intervalo entre as doses e em seguida, vão receber as mesmas vacinas anuais durante quatro anos.
Se tudo der certo e os testes forem bem-sucedidos, posteriormente, será realizado outro, maior e com mais pacientes, tudo para garantir a eficácia e segurança que a vacina pode oferecer. E de qualquer forma, é preciso um bom tempo de pesquisas, testes e estudos, para medir os efeitos que a medicação poderá oferecer a longo prazo. 
Fonte: Blastingnews

sábado, 25 de março de 2017

A nova estética masculina



Atualmente, novos tipos de tratamento têm levado muitos homens aos consultórios — pacientes em torno de 28 a 30 anos agora anseiam por um rosto mais masculino, com feições mais marcadas. Muitos atores americanos já experimentaram procedimentos dessa “nova estética masculina” e, se verificarmos fotos do antes e depois, provavelmente muitos deles devem ter feito um tratamento para tornar o rosto mais masculino, com feições mais marcadas.
Mas o fato é que esse tipo de tratamento de ‘masculinização’ da face do homem está sendo muito procurado, inclusive por pessoas jovens. Essa nova estética remove os elementos femininos do rosto, tirando características que “parecem” infantis.
Os procedimentos tornam o rosto mais masculinizado, mais atraente de uma forma geral. Os americanos chamam isso de ‘Chiseled Face’, ou seja, ter o rosto bem marcado.
Para a região do arco zigomático, as laterais da face podem ser expandidas (sem aumentar o volume das bochechas) com um produto à base de hidroxiapatita de cálcio que é aplicado no osso, um sustentador facial e um definidor de contornos, que não é preenchimento. É importante não aumentar o volume das bochechas, porque isso deixa com aspecto mais feminino e artificial. Especula-se que o ator Jamie Dornan, do filme Cinquenta tons mais escuros, possa ter realizado esse procedimento para as filmagens. Isso mostra que é possível agregar elementos de beleza no rosto masculino.
Esse mesmo produto é utilizado também para fazer o contorno mandibular, para deixar a mandíbula mais marcada. Isto é bastante notório nos rostos de Tom Cruise e de Brad Pitt. Com o queixo mais definido e mais projetado, podemos alongá-lo dependendo do formato do rosto.
Hoje temos muito bem estabelecidos os pontos de aplicação de substâncias, produtos bio estimuladores em homens e mulheres variam de acordo com as característica do gênero.
Os preenchimentos no contorno labial também são “aceitos” no rosto masculino, mas devem ser muito sutis, respeitando a proporção do tamanho dos lábios sem fazer nenhum tipo de projeção.
Em contrapartida, um pouco de rugas é aceito. Não podemos “hipercorrigir” ou tirar todas as marcas, porque acaba causando o efeito contrário: o homem acaba ficando com o rosto menos masculino, se houver exagero.
Aliás, homens que praticam academia têm procurado este tipo de procedimento, pois eles acabam perdendo muito percentual de gordura facial e acabam por adquirir flacidez, rosto com sombras ou até com aspecto doente. Isso afeta os contornos da face marcada que dá a masculinidade para a feição do homem.
Fonte: Veja

Pesquisadores descobrem que pulmão produz plaquetas e armazena células progenitoras hematopoéticas


Usando microscopia em vídeo em pulmões de camundongos, pesquisadores descobriram que os pulmões têm um papel, antes não reconhecido, na produção de sangue. O artigo intitulado The lung is a site of platelet biogenesis and a reservoir for haematopoietic progenitors foi publicado na Nature em 22 de março de 2017.
Aproximadamente 50% do total de plaquetas são produzidas no pulmão, gerando 10 milhões de plaquetas a cada hora.
Eles detectaram que os pulmões produzem mais da metade das plaquetas da circulação sanguínea dos camundongos. Além disso, em outra descoberta surpreendente, os cientistas identificaram um pool de células hematopoéticas capazes de restaurar a produção de sangue quando as células progenitoras da medula óssea estão depletadas.

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Segundo os pesquisadores, esses achados em camundongos sugerem que o pulmão pode ter um papel importante também na produção de sangue em seres humanos.

A descoberta

Enquanto examinavam as interações entre o sistema imune e as plaquetas circulantes nos pulmões, usando um tipo de camundongo modificado no qual suas plaquetas emitem fluorescência verde, o grupo observou uma grande população de megacariócitos – células precursoras das plaquetas – na vasculatura pulmonar.
Apesar de os megacariócitos já terem sido observados no pulmão antes, pensava-se que eles apenas viviam e produziam plaquetas primariamente na medula óssea.
Com a descoberta, eles realizaram mais sessões com a microscopia em vídeo que mostrou que os megacariócitos produziam mais de 10 milhões de plaquetas por hora dentro da vasculatura pulmonar, sugerindo que a produção de mais da metade do total de plaquetas nos camundongos acontece no pulmão, não na medula óssea, como presumia-se por muito tempo.
A técnica utilizada também revelou uma grande variedade de células progenitoras de megacariócitos e também células-tronco hematopoéticas localizadas fora dos capilares pulmonares, estimadas em um milhão por pulmão.

O pulmão também é um reservatório de células progenitoras hematopoéticas

Com todos esses achados, surgiram dúvidas sobre como essas células movimentam-se indo do pulmão para a medula óssea, e vice-versa.
Para descobrir, os pesquisadores transplantaram pulmões de camundongos normais em camundongos receptores cujos megacariócitos são fluorescentes, e observaram que esses logo apareceram na vasculatura pulmonar, sugerindo que os megacariócitos encontrados no pulmão originam-se na medula óssea.
Em outro experimento, eles transplantaram pulmões com células progenitoras de megacariócitos fluorescentes em camundongos modificados para apresentar trombocitopenia. O transplante produziu um grande aumento na quantidade de plaquetas fluorescentes que rapidamente normalizaram os níveis de plaqueta, um efeito que persistiu por vários meses de observação (período maior que o tempo de vida dessas células).
Adicionalmente, os pesquisadores transplantaram pulmões saudáveis, em que todas as células eram marcadas por fluorescência, em camundongos modificados cuja medula óssea estava deficiente de células sanguíneas. As análises do receptor após a transplante mostraram que as células fluorescentes provenientes dos pulmões transplantados migraram para a medula óssea deficiente e ajudaram na produção não apenas de plaquetas, mas também de neutrófilos, linfócitos B e T.
De acordo com os cientistas, esses resultados têm relevância clínica direta e levanta vários questionamentos para futuros estudos da síntese e função das plaquetas e megacariócitos em doenças inflamatórias, sangramentos, tromboses e transplantes pulmonares.
Artigo: Lefrançais, E. et al. The lung is a site of platelet biogenesis and a reservoir for haematopoietic progenitors. Nature, 2017.
Fonte: University of California San Francisco

Especialistas alertam para risco de tuberculose multirresistente



Novos medicamentos para tratar a tuberculose multirresistente podem se tornar rapidamente
ineficazes se não forem utilizados da forma correta, segundo um relatório divulgado na véspera
 dessa sexta-feira (24), Dia Mundial do Combate à Tuberculose.
Antibióticos como a bedaquilina, delamanida e a linezolida foram adicionados recentemente ao
arsenal de medicamentos contra a tuberculose, mas estão diminuindo sua eficácia conforme a
bactéria da doença desenvolve resistência a uma gama cada vez maior de tratamentos.
O controle sobre a indicação e o uso desses medicamentos tem que ser aumentado, ou "seu
efeito pode ser perdido rapidamente", de acordo com o relatório publicado na revista médica
"The Lancet Respiratory Medicine".
A resistência a antibióticos pode se desenvolver quando um medicamento prescrito falha ao
matar uma bactéria alvo, seja porque é o medicamento errado ou a dose errada ou se não for
tomado como deveria.
Mas uma cepa resistente pode passar diretamente de uma pessoa para outra, tornando a doença
muito mais cara e difícil de tratar.
Houve uma longa pausa no desenvolvimento de medicamentos para tuberculose até o
lançamento do último grande antibiótico, a rifampicina, aprovada nos anos 1970.
Mas novos medicamentos começaram recentemente a entrar para a lista de tratamento de
pacientes que não respondem à gama existente.
Estudos preliminares com linezolida, bedaquilina e delamanida mostraram que eles
"melhoram substancialmente os resultados dos tratamentos, dando esperança para
pacientes que foram considerados anteriormente impossíveis de tratar", diz o relatório.

'Multirresistentes'

"Apesar disso, sem um investimento que promova o acesso aos novos tratamentos, incluindo
ciclos menores com menos efeitos adversos, os medicamentos eficazes vão se tornar
escassos de novo enquanto a resistência evolui contra as novas opções de tratamento",
alerta o relatório.
A tuberculose mata mais pessoas a cada ano do que qualquer outra doença infecciosa.
Em 2015, segundo estimativas, foram 1,8 milhão de pessoas mortas pela doença em todo o
mundo - 60% delas vivem na Índia, Indonésia, China, Nigéria, Paquistão e África do Sul.
Cerca de um em cinco casos de tuberculose hoje são resistentes a pelo menos um tipo de
antibiótico, e cerca de 5% são consideradas cepas multirresistentes (MDR-TB na sigla em inglês).
Em 2015 foram 480.000 casos multirresistentes, metade deles na Índia, China e Rússia.
A migração e as viagens, diz o relatório, "significam que a tuberculose multirresistente chegou
a todas as partes do mundo."
Esse é um problema crescente na Europa Oriental e na Ásia Central, aumentado pela
migração de trabalhadores não diagnosticados ou não tratados de tuberculose, diz Michel
Kazatchkine, enviado especial para Aids da ONU na região, em entrevista à AFP.
Milhares de trabalhadores imigrantes se mudam dos países da Ásia Central para Rússia e
Cazaquistão a cada ano.
Para impedir a propagação da doença, os países têm que parar de deportar imigrantes
diagnosticados com tuberculose multirresistente ou com o vírus HIV, diz Kazatchkine.
"Atualmente, em muitas instâncias, conforme a região de diagnóstico de tuberculose,
tuberculose multirresistente e HIV, isso significa deportação, uma prática muito conhecida
por ser ineficaz para a saúde pública, que viola os direitos humanos e que pode levar a
infecções resistentes a medicamentos."
Além disso, os imigrantes têm que receber um tratamento completo nos país de acolhimento,
segundo Kazatchkine.
"Se não soubermos lidar com a tuberculose multirresistente no leste europeu e na Ásia
Central, ela pode se transformar em uma crise séria."
Para David Moore, da escola londrina de higiene e medicina tropical, é chegada a hora de
testar cada paciente diagnosticado com tuberculose para a multirresistência, assim pode ser
tratado da forma correta e a propagação pode parar.
"A complacência sobre o diagnóstico de tuberculose multirresistente aconteceu por muito tempo
pelos recursos limitados - a noção de que não poderíamos testar todas as pessoas com
tuberculose para a multirresistência", adverte.
"De fato, a verdade inconveniente é que não podemos nos dar ao luxo de não fazê-lo."
Fonte: Bem Estar

sexta-feira, 24 de março de 2017

Cientistas descobrem efeito perigoso do diclofenaco e ibuprofeno



Uma nova pesquisa publicada recentemente pela revista científica European Heart Journal e comandada pelo Hospital Universitário Gentofte, de Copenhague, sugere que o uso de alguns tipos de anti-inflamatórios não-esteroides (AINEs) pode ser prejudicial ao coração.


De acordo com o estudo, anti-inflamatórios como diclofenaco, naproxeno, ibuprofeno, rofecoxib (retirado de circulação desde 2004), celecoxib e outros estão associados ao aumento do risco de parada cardíaca.

Para chegar a essa conclusão, entre os anos de 2001 e 2010, pesquisadores analisaram as paradas cardíacas registradas na Dinamarca fora dos hospitais, das 28.947 pessoas que sofreram uma parada cardíaca, 3.376 utilizaram algum tipo de anti-inflamatório até 30 dias antes de o problema acontecer, ou seja, quase 12% delas.

Entre as pessoas que utilizaram algum tipo de AINEs antes de sofrer a parada cardíaca, 51% delas consumiram ibuprofeno e 21,8% fizeram uso do diclofenaco – os dois anti-infamatórios não-esteroides mais consumidos na Dinamarca.

Ainda segundo o estudo, o aumento do risco de parada cardíaca com o uso do ibuprofeno é de mais de 30%. Já o uso do diclofenaco pode aumentar a incidência do problema em 50%.

Entre os anti-inflamatórios não-esteroides, o naproxeno se mostrou o menos prejudicial. O estudo afirmou também que os AINEs estão entre os medicamentos mais utilizados no mundo. Entre a população adulta dinamarquesa, 50% das pessoas já utilizaram algum tipo de anti-inflamatório não-esteroide no país.

No Brasil, a situação não é muito diferente e o uso indiscriminado de anti-inflamatório sem receita é recorrente. De acordo com o livro Tarja Preta – Os segredos que os médicos não contam sobre os remédios que você toma, de Marcia Kedouk, um dos 10 medicamentos mais vendidos é composto por diclofenaco.

Fonte: Farmacêutica Curiosa

COMO FAZER O ACOMPANHAMENTO FARMACOTERAPÊUTICO DE PACIENTES DIABÉTICOS


Atualmente existem 415 milhões de pessoas - cerca de 9% da população adulta do mundo - vivendo com diabetes, a maioria com diabetes tipo II. Este número dobrou desde 2000 e deve chegar a 642 milhões em 2040 (Atlas IDF 2015).
No Brasil, existem mais de 14 milhões de pessoas com a doença. A estimativa para 2040, do mesmo órgão, é de um aumento de 65% no número de casos. O Brasil ocupa a quarta colocação em número de diabéticos no mundo, perdendo somente para a China, Índia e Estados Unidos.
“O diabetes é um sério problema de saúde pública em todo o planeta e mesmo com o surgimento de novas tecnologias - como o pâncreas artificial; medidores de glicose que não precisam de picadas; insulina inalada, que dispensa o uso de agulha - o tratamento fica comprometido, podendo levar ao surgimento das comorbidades inerentes do descontrole glicêmico, como a retinopatia, neuropatia, nefropatia, doenças cardiovasculares, amputação e disfunção erétil”, afirma a farmacêutica clínica e professora especializada em diabetes, Monica Lenzi.
Ela ressalta que a frequência com que o paciente diabético vai até a farmácia e a facilidade em ser atendido por um profissional da área de saúde coloca todos os farmacêuticos clínicos na linha de frente e com um papel fundamental no tratamento do diabetes. “O paciente diabético, ou seu cuidador, frequenta a farmácia no mínimo uma vez ao mês em busca de seus medicamentos de uso contínuo e insumos para controle da doença. Ou seja, o diabético tem mais contato com o farmacêutico do que com o médico, que ele vê com menos frequência (em média de duas vezes ao ano)”, comenta ela.
Para o presidente da Associação Nacional de Atenção ao Diabético (ANAD), Fadlo Fraige Filho, com qualquer tipo de diabetes o acompanhamento é importante para planejar a dieta, determinar mudanças nas doses de insulina ou drogas, e monitorar os níveis de açúcar no sangue, o que pode retardar ou prevenir muitas das complicações da doença.
Ele alerta ainda que não é possível tratar o diabetes sem o uso de medidores de glicemia. “A automonitorização é uma maneira de iluminar o caminho. A primeira coisa a fazer quando começa o dia é medir o nível para evitar complicações. A variação da quantidade de insulina, a alimentação, os exercícios físicos têm de ser sempre de acordo com o resultado da glicemia. O paciente que se automonitoriza passa a lutar contra a descompensação”, diz o médico.
Vale lembrar que o acompanhamento do farmacêutico permite uma tomada de decisão, muitas vezes antes da próxima consulta médica, minimizando ou retardando o surgimento de complicações. Promove também a adesão ao tratamento farmacológico e não farmacológico. Acompanhe a seguir as orientações de Monica Lenzi.
Ações fundamentais no acompanhamento farmacoterapêutico do diabetes em consulta na farmácia
1 – Verifique se o paciente já possui ou não o diagnóstico de diabetes e se necessário, faça um rastreamento, para aqueles que ainda não tem diagnóstico, por meio do teste de glicemia capilar.
2 – Avalie os fatores de risco:
  • Idade;
  • Peso;
  • Histórico familiar;
  • Avaliação da pressão arterial;
  • Sedentarismo.
3 – Execute, no primeiro momento, o levantamento dos fatores de risco e o teste de glicemia capilar para pacientes já diagnosticados e em tratamento.
4 – Avalie como anda o controle glicêmico.
5 – Averigue a existência de comorbidades inerentes ao descontrole glicêmico.
6 – Levante os fatores de risco cardiovascular. Não se pode esquecer que a maioria dos diabéticos apresenta hipertensão e dislipidemia.
7 – Identifique quais são os hábitos de vida do paciente.
8 –Verifique como o paciente aderiu ao tratamento farmacológico e não farmacológico.
9 – Passe à orientação sobre medicamentos. Divida os pacientes em dois grupos, os insulinizados e/ou em uso de medicações injetáveis para controle dos níveis de glicose (Victoza, Lyxumia e Trulicity) e os não insulinizados.
10 – Oriente os pacientes que fazem uso de insulina e medicações injetáveis para controle dos níveis de glicose nas melhores práticas, tais como:
  • Fazer o rodízio do local de aplicação;
  • Escolher o tamanho da agulha;
  • Definir o melhor dispositivo para aplicação (seringa ou caneta);
  • Adequar as melhores práticas para armazenamento e transporte, já que insulinas e medicamentos injetáveis são susceptíveis às variações de temperatura;
  • Orientar sobre a não reutilização de material descartável;
  • Explicar como descartar adequadamente o material perfuro-cortante.
11 – Preste atenção, com relação ao uso de medicação oral, à interação medicamentosa, pois os pacientes diabéticos são polimedicamentados. Com o passar do tempo de diagnóstico, estes pacientes fazem uso de medicações para controle de outras doenças que fazem parte das complicações, como neuropatia, nefropatia, retinopatia e doenças cardiovasculares.
12 – Instrua os pacientes em uso de medicações hipoglicemiantes (insulinas, glibenclamida, glicazida), sobre o risco de crises de hipoglicemia, que podem ocorrer devido à alimentação insuficiente.
13 – Estimule a mudanças de hábitos alimentares, tão necessária para um melhor controle glicêmico. Uma dieta equilibrada deve ser adotada. Os farmacêuticos podem sugerir a adoção do método do prato com 50% de verduras e legumes (que afetam muito pouco a glicemia), 25% de carboidratos (que costumam aumentar a glicemia) e 25% de proteínas (que aumentam ligeiramente a glicemia).
14 – Direcione a prática de atividade física. Oriente o paciente na realização de, pelo menos, 30 minutos de atividade, cinco vezes na semana. Essa atitude melhora a absorção da glicose pelas células do músculo, aumenta a sensibilidade da insulina, ajuda na perda de peso corporal e no controle da pressão arterial. Aconselhe o paciente a buscar uma atividade física que lhe dê prazer. Deve-se iniciar em um ritmo mais lento, aumentando gradativamente. Dessa maneira se consegue uma melhor adesão do paciente.
15 – Garanta que, mesmo se encontrando com taxas glicêmicas normais, os pacientes não abandonem a medicação prescrita e o tratamento.
16 – Monitore e acompanhe os parâmetros bioquímicos desses pacientes, encaminhando-os a outros profissionais de saúde, que fazem parte da equipe multidisciplinar, quando necessário.
17 - Capacite o paciente diabético a gerir melhor o seu controle, por meio do autocuidado. Oriente-o nas melhores práticas de uso correto das medicações e equipamentos, como glicosímetros e dispositivos para aplicação de insulina (canetas e seringas).
Fonte: ICTQ

quarta-feira, 15 de março de 2017

Os diferentes tipos de peeling e a melhor estação para fazê-los


A maioria das pessoas sempre ouviu que os peelings são procedimentos que só podem ser feitos durante o inverno. A verdade não é bem essa. Existem muitos procedimentos que podem ser feitos durante o ano todo, com toda a segurança.
O termo “peeling” deriva do inglês e significa descamar. O procedimento faz uma abrasão das camadas da pele com a finalidade de remover células mortas. Dessa forma, suaviza marcas de expressão, clareia manchas e auxilia na diminuição das cicatrizes de acne.
Existem os peelings químicos, feitos com aplicação de substâncias na pele (ácidos) e os físicos, onde é realizada uma esfoliação (microdermoabrasão) cutânea.
Os peelings químicos ainda podem ser classificados como superficiais, médios e profundos, dependendo da profundidade que os ativos penetram na pele. Quanto maior a profundidade do peeling, mais sensível e descamativa fica a pele e maior o tempo necessário para a sua recuperação.
No verão, são mais indicados os peelings superficiais, que são um tratamento mais leve e sua vantagem é a recuperação rápida da pele, que não fica tão vermelha e sofre descamação suave por, no máximo, dois dias. Esse tipo de peeling é indicado para peles mais oleosas, com acne, com manchas ou poros dilatados, deixando a pele com aspecto mais uniforme e luminoso.
O tratamento pode ser eventualmente repetido a cada 30 dias. Existem vários tipos de peelings superficiais como de ácido glicólico, salicílico, retinoico e mandélico. A indicação será de acordo com a queixa e cada tipo de pele.
Peelings mais profundos e agressivos devem ser evitados nessa época do ano, pois deixam a pele muito inflamada e consequentemente mais susceptível a manchas pós-procedimento (hipercromia pós-inflamatória) e cicatrizes.
Nos peelings físicos, a pele é submetida a uma esfoliação que pode ser manual ou através de aparelhos. Um exemplo bem popular é o peeling de cristal, que aplica sobre a pele pó de óxido de alumínio a vácuo. Essa modalidade é indicada para quase todos os tipos de pele e o nível de abrasão depende da indicação do peeling. Caso seja realizada apenas microdermoabrasão (esfoliação), o paciente é orientado a aplicar o filtro solar a cada duas horas, pois a pele não descama, mas fica mais fina. Esse procedimento é ótima indicação para melhorar o aspecto dos poros dilatados e a textura da pele e pode ser feito durante o ano inteiro.
Não existe desculpa para não cuidar da pele durante todas as estações do ano. Você deve consultar seu dermatologista para saber qual tipo de tratamento é mais indicado para seu tipo de pele.
Fonte: Veja

Hemofilia: um grande salto em direção a cura



A hemofilia é uma doença genética que atinge basicamente meninos e que provoca propensão à hemorragia. Muitos dos portadores de hemofilia têm formas brandas da doença e conseguem ter vidas praticamente sem sobressaltos. Outros, no entanto, apresentam formas muito graves e a vida destas pessoas e de seus familiares é uma provação muito dura.
Estas crianças nascem com um defeito no cromossomo X, sempre transmitido pela mãe, que impede a produção adequada de uma de duas proteínas centrais para a coagulação do sangue, o fator VIII e o Fator IX. A maioria dos hemofílicos tem deficiência na produção do fator VIII, e são chamados de hemofílicos A. Os que têm deficiência no fator IX, são chamados de hemofílicos B.
A intensidade das hemorragias depende da quantidade de fator VIII ou IX que consegue ser produzida por estas crianças. Casos graves são descobertos já nos primeiros meses de vida. Portadores de hemofilia formam hematomas com facilidade e podem apresentar muito cedo na vida hemorragias nos joelhos e cotovelos, que podem causar deformidades permanentes nas articulações.
A única saída para estes pacientes é o tratamento com concentrados de fator VIII ou IX que são produzidos a partir do plasma de diversos doadores de sangue. O problema começa aí. Para diminuírem o sofrimento causado pelas hemorragias, eles necessitam receber estes concentrados com frequências variáveis. Vai viajar ? Tem que arrumar toda uma estratégia para levar o fator junto. É a diferença entre vida e morte.
Além disso, nas últimas décadas, os pacientes que mais precisavam destes concentrados eram os que mais sofriam com a principal armadilha escondida dentro dos frascos. Nos início foi o vírus da aids, que dizimou milhares de hemofílicos em alguns anos. Hoje, muitos seguem lutando contra hepatites adquiridas pela transfusão destes derivados de sangue humano.
Na dia 05 de dezembro, uma frágil, quase inconspícua, mas muito sorridente personagem subiu no auditório do Centro de Convenções de San Diego, durante o 56º Congresso Americano de Hematologia, para contar uma história que pode parecer um conto de fadas para todas as pessoas que sofrem de hemofilia. Para nós, médicos, revelou-se uma das histórias de pesquisa mais fascinante da ultima década, que reúne acaso, talento, tecnologia e paixão pela ciência.
A Dra Lindsay George nos anunciava que possivelmente havia encontrado uma forma de curar uma doença genética, pela primeira vez na história da medicina. Tudo começa com um caso raro: um rapaz de 23 anos, natural de Pádua, Itália, era portador de uma doença que causava tromboses repetidas. Algo muito incomum nesta idade. Vários membros da família dele tinham queixas semelhantes, vários tinham morrido de embolia pulmonar ou trombose no fígado. Um grupo de cientistas curiosos com este caso raro, descobriu que este paciente tinha uma mutação no gene do fator IX que aumentava em até 10 vezes a sua atividade. Um super-fator IX.
A Dra George soube deste caso e teve uma ideia genial. Se utilizando de conhecimentos que vêm se acumulando nos últimos 15 anos, ela desenvolveu um tipo especial de vírus da gripe (adenovírus atenuado) que era capaz de albergar o gene do fator IX do nosso heroi de Pádua. Este vírus é muito especial. Ele não provoca nenhum sintoma da infecção porque está modificado geneticamente. Além disso, ele tem um magnetismo especial pelas células do fígado, o exato local onde se produz o fator IX.
Finalmente, como este vírus carrega um super- fator IX, uma quantidade menor de vírus poderia elevar o fator IX a níveis seguros, sem que o paciente corresse o risco do sistema imune estranhar uma quantidade muito grande de proteínas estranhas, provenientes do vírus.
Nove pacientes com hemofilia B grave foram tratados. O aumento nos níveis do fator IX foi o suficiente para que todos os casos pudessem ser considerados seguros. Apenas um paciente destes oito precisou de uma infusão de concentrado de fator IX . Estes pacientes precisavam de infusões, em média, a cada duas ou três semanas! Somado o tempo de tratamento destes nove pacientes, a Dra George contabiliza 238 semanas de acompanhamento. Meses sem precisar de infusão de concentrado de fator IX.
O primeiro paciente do estudo já passou de um ano de acompanhamento, e com uma única dose do vírus, encontra-se com níveis de fator IX longe de serem preocupantes. Melhor ainda, nenhum paciente teve nenhum efeito negativo com o tratamento. Quanto tempo ele será eficiente ? Serão necessárias outras infusões ? Haverá efeitos tardios que ainda não podem ser avaliados ?
Todas são perguntas que ainda necessitam de resposta que só o tempo proverá. Até lá, fica uma sensação parecida com a de astrofísicos que descobrem um planeta novo. Nós podemos corrigir defeitos genéticos ! Serão defeitos simples no início, mas que aliviarão a vida de milhões de pessoas.
Dedico este texto ao amigo e mentor, Otavio Gherardi, hemofílico e fundador da Unidade de Hemofilia do Hospital Brigadeiro, que certamente estaria eufórico com este imenso avanço científico, se pudesse estar hoje ao nosso lado.
Fonte: Veja

Estimulação magnética é nova aposta para tratar paciente bipolar



Terapia por estimulação magnética do crânio pode ser nova aliada no tratamento de pacientes bipolares. O estudo, publicado recentemente na revista científica Nature foi realizado por pesquisadores brasileiros no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e mostrou que o “deep TMS”, equipamento de estimulação magnética profunda, semelhante àquelas cadeiras de salão de beleza com secador embutido, pode ser ministrado em conjunto com os medicamentos em pacientes em fase depressiva da doença, potencializando os resultados, de acordo com informações do Uol.
Os neurônios são estimulados a partir de ondas magnéticas produzidas por corrente elétrica biológica, ajudando na produção da química necessária para o tratamento. No entanto, a técnica não substitui a medicação. “A doença é crônica, como diabetes e hipertensão. Parar o remédio, nesta doença, o risco de recaída é praticamente certo. O tratamento magnético seria uma opção para potencializar”, explica o médico psiquiatra Diego Tavares ao UOL Notícias.

Casos estudados

No estudo, o aparelho foi testado em cinquenta pacientes bipolares da mesma faixa etária, que foram separados em grupos de acordo com suas diferentes medicações, como lítio, antipsicótico e anticonvulsivo. Apenas um grupo recebeu a terapia magnética, em sessões de vinte minutos, todos os dias durante quatro semanas. Ao final, a escala de níveis de depressão foi avaliada. Os resultados foram avaliados a partir de questionários preenchidos pelos pacientes, nos quais analisavam atividades e reações em seu cotidiano, como crises de pânico, choro, desânimo e pensamentos suicidas.
Desde 2012, a Estimulação Magnética Transcraniana (EMT) é reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) em casos de depressão uni e bipolar, de alucinação auditiva em esquizofrenia e no planejamento de neurocirurgia. “A estimulação magnética até hoje tem função reconhecida para a fase depressiva. Mas ela não tem eficácia nas outras fases e não previne a crise, apenas trata os sintomas”, explica Moacyr Alexandro Rosa, diretor do Instituto de Pesquisas Avançadas em Neuroestimulação e professor da Unifesp.

Contraindicações

A terapia, por ter o procedimento semelhante ao da ressonância magnética, não é recomendada para pacientes epilépticos, com próteses de metal na cabeça ou implantes cocleares. No entanto, poucos efeitos colaterais foram apresentados. “O único incômodo relatado pelos pacientes foi um formigamento na região onde a estimulação estava sendo feita. Diferente de enjoos, tontura e outros efeitos causados por remédios”, conta Tavares.

Transtorno bipolar

 A doença não tem cura e costuma dar os primeiros sinais durante a adolescência ou no início da vida adulta, causando alterações severas de humor, entre períodos de depressão e euforiaDe acordo com a Associação Brasileira de Psiquiatria, a condição afeta entre 3% a 8% da população.
Com o decorrer dos estudos, Tavares acredita que a terapia poderá, no futuro, servir como uma alternativa para aqueles que não podem tomar remédios, como gestantes e pacientes em tratamento de quimioterapia.
Fonte: VEJA

O perigoso efeito colateral da dieta sem glúten: diabetes



glúten, proteína presente em cereais como trigo, centeio e cevada, assumiu o posto de vilão da saúde e da dieta. Após diversas celebridades, como a atriz Gwenethy Paltrow e a estilista e ex-Spice Girl Voctoria Beckham, e adeptos da onda “fitness” atribuírem seus corpos magros à dieta sem glúten, especialistas iniciaram um movimento para provar que a substância é prejudicial à saúde e à boa forma. No entanto, agora começam a aparecer os primeiros estudos sobre os “efeitos colaterais” dessa moda.
No mais recente deles, pesquisadores da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, concluíram que pessoas que eliminaram o glúten da dieta estão mais propensas a desenvolver diabetes tipo 2. A proteína de fato pode ser prejudicial ao organismo – mas, comprovadamente, apenas entre aqueles que sofrem de doença celíaca, que afeta uma em cada 200 pessoas no mundo. No entanto, muitas pessoas sem o problema começaram a seguir uma dieta ‘gluten free’ (sem glúten) acreditando que ser melhor para a saúde e forma física.
Com o objetivo de avaliar se o consumo de glúten afetava a saúde das pessoas que não tinham a doença celíaca, mas insistiam em eliminá-lo da alimentação, Geng Zong, pesquisador do Departamento de Nutrição da Escola de Saúde Pública da Universidade de Harvard, analisou o consumo de glúten e a saúde de 200.000 pessoas, acompanhadas durante 30 anos. Nesse período, foram descobertos mais de 15.000 casos de diabetes tipo 2 entre os participantes.

Associação entre o glúten e o diabetes

Os resultados mostraram que quem consumiu mais de 12 gramas de glúten por dia, tinha menos risco de desenvolver diabetes tipo 2. Por exemplo, as pessoas que ingeriram a maior quantidade de glúten tinham uma probabilidade 13% menor de desenvolver diabetes tipo 2 do que aquelas que consumiam a menor (até 4 gramas por dia).
O estudo concluiu também que quem tirou a proteína da dieta, acabou consumindo menos fibras, e consequentemente predisposto a aumentar as chances do diabetes. “Alimentos sem glúten geralmente têm menos fibra e outros micronutrientes, o que os torna menos nutritivos, além de custarem mais. Pessoas sem doença celíaca deve reconsiderar a decisão de limitar seu consumo de glúten principalmente no que diz respeito à prevenção de  doenças crônicas como o diabetes.”, disse  Zong.
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